Inspirada, como a própria o afirma no prefácio, na obra de Lewis Carrol, Virgínia de Castro Almeida elaborou uma história ao estilo do “nonsense”, ou seja, sem sentido; onde os acontecimentos e situações ocorrem sem grande explicação ou propósito e onde as personagens deambulam de peripécias em peripécia com o mero objetivo de estimular a imaginação e a criatividade. Como a mesma o diz: onde “o maravilhoso, o sonho, a fantasia, o génio, fundem-se e animam a matéria.”
Dona Redonda, levando a mão aos cabelos — Isto? Isto não quer dizer nada. Há gente nova muito mais velha do que eu. O que conta é por dentro.
Dick — Mas por dentro não se vê!..
Dona Redonda — É preciso termos olhos para ver o que não se vê, e ouvidos para ouvir o que não se ouve.
Sobre a Escritora.
Virgínia de Castro e Almeida (1874 - 1945) Escritora, tradutora e produtora de cinema. Foi uma pioneira a vários níveis artísticos: Foi a primeira mulher portuguesa a trabalhar do cinema como produtora e a ter a sua própria Produtora cinematográfica; desenvolveu um extenso trabalho de tradução de obras portuguesas para outras línguas sendo uma das primeiras pessoas a efetivamente difundir a literatura e a história portuguesa no exterior; e foi uma responsáveis por desenvolver a chamada literatura infantil em Portugal.
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